10:36

Scones de Bacon de Peru com Queijo Cheddar e Tomilho (sem farinha de trigo)

Scones de Bacon de Peru com Queijo Cheddar e Tomilho (sem farinha de trigo)
À noite, o prato de eleição é a sopa, mas faço sempre mais alguma coisa leve para acompanhar. Muitas vezes opto por fazer uns scones salgados, e, para dar um sabor extra, adiciono um pouco de bacon. Afinal de contas tudo fica melhor com bacon! Ultimamente tenho optado mais pelo bacon de peru da Primor Charcutaria, que tem significativamente menos gordura e todo o sabor que o bacon deve ter. Além disso, este bacon é perfeito para estes scones, já que ficariam demasiado gordurosos, visto que já levam queijo cheddar e manteiga.

Tenho optado por usar menos a farinha de trigo branca, e tenho-a substituído por outras farinhas. Uma das minhas farinhas preferidas é a de espelta integral, que faz bolos e todo o tipo de pastelaria, sem se dar pela falta do trigo. Se quiserem saber mais sobre esta farinha consultem o post que fiz "Muito Mais Do Que Trigo - Farinha de Espelta".

Estes scones são muito rápidos de fazer, e são igualmente deliciosos comidos quentes ou frios no dia seguinte. Difícil, difícil vai ser resistir-lhes!







Ingredientes:

240ml de leite
1 colher de sopa de vinagre de sidra
1 chávena de farinha de espelta
1 e 3/4 de chávena de farinha de espelta integral
1 colher de sopa de fermento para bolos
1 colher de sopa de açúcar amarelo
1 pitada de sal e pimenta
1/2 colher de chá de tomilho seco
75g de manteiga gelada
50g +10g de queijo Cheddar ralado
50g de fios de bacon de peru Primor Charcutaria
1 ovo grande
sementes de linhaça

(1 chávena = 250ml)



Preparação:

Pré-aquecer o forno a 200ºC. Forrar um tabuleiro grande com papel vegetal.

Colocar o leite numa tigela e misturar o vinagre de sidra. Repousar durante 10 min para coalhar.

Misturar as farinhas com o fermento para bolos, o açúcar amarelo, o sal, pimenta e tomilho numa tigela.

Adicionar a manteiga gelada, misturar, esfregando com as mãos a farinha na manteiga, até ficar com textura de areia grossa.

Juntar 50g de queijo e o bacon Primor.

Verter o leite coalhado e o ovo na tigela da farinha e manteiga. Misturar com uma colher de pau.

Polvilhar a bancada com farinha de espelta e verter a massa.

Formar uma bola e espalmar até a massa ter 2cm de altura.

Cortar círculos de massa com um cortador redondo.

Dispor os scones no tabuleiro e polvilhar com os restantes 10g de queijo e as sementes de linhaça.

Levar ao forno durante 20 a 25 minutos.

Deixar arrefecer numa rede durante 5 minutos e servir com manteiga.




04:07

Muito Mais do Que Trigo - Farinha de Araruta

Muito Mais do Que Trigo - Farinha de Araruta
Quando eu era pequena e ficava doente da barriga ou do estômago a minha mãe comprava-me bolachas de araruta. Dizia-me que a araruta fazia bem ao aparelho digestivo. Agora sou eu que tenho filhos e lhes dou bolachas de araruta. Mas sou eu que as faço. A minha mãe, embora fosse uma cozinheira de mão cheia, era uma pasteleira com pouca paciência.

Embora não tão usada como o amido de milho, a farinha de araruta está presente na gastronomia portuguesa, como verão na receita de bolinhas de araruta que apresento mais abaixo.

Para quê usar tanto amido milho, quando sabemos que a maioria do milho que consumimos é transgénico. A farinha de araruta substitui na perfeição o amido de milho e a maioria que existe à venda é de origem biológica, sem modificações genéticas.



O QUE É A FARINHA DE ARARUTA?

A farinha de araruta é o amido da raiz da planta Maranta arundinaceae, conhecida, em Portugal, como araruta. É uma raiz de aspecto muito parecido com o inhame, embora seja mais alongada, oriunda da América do Sul..

A farinha de araruta é branca e tem uma textura igual ao amido de milho e não tem glúten.
Podem encontrar esta farinha em lojas de produtos naturais ou nos corredores de comida saudável dos hipermercados.

Esta farinha é muito usada na indústria para engrossar molhos, é usada na cosmética, no fabrico de papel e de medicamentos.

QUAIS AS VANTAGENS DE CONSUMIR FARINHA DE ARARUTA?

A farinha de araruta tem sido usado como alívio para a digestão desde o fim do século 19 e é extremamente eficaz no tratamento da diarreia. É rica em potássio, ferro, vitamina B, essenciais para um bom metabolismo, para o sistema circulatório e para o coração.

Pelo seu conteúdo em hidratos de carbono, sabor suave e por ser de fácil digestão, a farinha de araruta é idela para fazer papas para as crianças e para fazer bolachas para os bebés cujos dentinhos começam a crescer, pois, para além de ser uma farinha muito nutritiva, a probabilidade de provocar alergia é virtualmente igual a zero por cento.

No caso das mulheres que contraiem com frequência infecções urinárias é aconselhada a ingestão de alimentos que incluam a farinha de araruta, devido aos seus efeitos anti-inflamatórios e por ajudar a diminuir as dores da inflamação urinária.

Estudos científicos mostram que a farinha de araruta provoca um aumento de produção de células do sistema imunitário. Mostram também que sopas que têm esta farinha na sua composição, resistem melhor à contaminação bacteriana.

A farinha de araruta pode também ser aplicada directamente em aftas e em gengivas doridas, para diminuir a inflamação e a dor.

COMO USAR A FARINHA DE ARARUTA?

A farinha de araruta tornou a ser uma moda devido à dieta Paleolítica. Pode ser adicionada a batidos, usada para engrossar molhos e sopas, para fazer bolachas e para dar uma textura mais leve a bolos. Pode-se também envolver os alimentos, que se querem fritar, nesta farinha para os tornar mais crocantes.

Basicamente, a farinha de araruta pode ser usada quase como o amido de milho (Maizena) é usada no nosso dia a dia. Para fazer a substituição deve-se fazer o seguinte: por cada colher de sopa de amido de milho deve-se usar 3 colheres de chá de farinha de araruta, e por cada 2 colheres de sopa de trigo, deve-se usar 3 colheres de chá de farinha de araruta. Evitem adicionar demasiada farinha se araruta, pois irá transformar-se numa mistela peganhosa e desagradável.

Não se deve substituir 100% da farinha de trigo por farinha de araruta quando se fazem bolos ou pão. Na realidade esta farinha é um amido, o que quer dizer que é rico em hidratos de carbono, ou seja açúcares. São açúcares, e apesar de não serem açúcares refinados, não devemos exagerar no consumo destes.

Ter em especial atenção que a farinha de araruta não aguenta temperaturas altas durante muito tempo e acaba por ficar com um aspecto coalhado se estiver demasiado tempo ao lume. O ideal é misturar com um pouco de água fria (para evitar grumos), adicionar no último minuto, mexer sem deixar ferver e retirar do lume assim que engrossar.



BOLINHAS DE ARARUTA

Ao folhear o meu livro "Cozinha Tradicional Portuguesa" descobri esta receita de bolinhas de araruta, que são absolutamente deliciosas com um chá. Típicas da Beira Litoral, são extremamente fáceis de fazer e duram imenso tempo guardadas (se lhes conseguirem resistir!).



Ingredientes:

250g de farinha de araruta
125g de farinha de trigo sem fermento
125g de açúcar
125g de manteiga à temperatura ambiente
1 ovo

Preparação:

Pré-aquecer o forno a 180ºC. Forrar um tabuleiro com papel vegetal.

Colocar todos os ingredientes numa tigela e amassar tudo até que se forme uma areia que quando apertada forma uma bola. Vai parecer impossível no início, mas insistam que acaba por ficar no ponto que querem. Não adicionem nada líquido.

Fazem-se bolinhas do tamanho de uma noz, apertando pedaços de massa na mão.

Colocar as bolinhas no tabuleiro e levar ao forno até começar a dourar.

Retirar do forno e deixar arrefecer numa rede.

Guardar num recipiente hermético.

FONTE: "COZINHA TRADICIONAL PORTUGUESA" DE MARIA DE LOURDES MODESTO



Este pudim é perfeito para acabar com aquelas bananas demasiado maduras que ocupam a fruteira. Sem açúcares refinados, nem glúten, esta sobremesa é docinha mas come-se sem culpas.




Ingredientes (4 pax):

4 gemas
60ml de mel
1/4 de chávena de farinha de araruta
2 bananas bem maduras
1 pitada de flor de sal com pólen (opcional)
250ml de leite
200ml de creme de coco
40ml de natas
2 colheres de chá de essência de baunilha
nozes e canela para decorar

Preparação:

Misturam-se as gemas com o mel, a flor de sal e a araruta. Reserva-se.

Aquece-se o leite com o creme de coco e as natas. (Não deixar ferver)

Adicionar um pouco do leite quente à mistura de gemas mexendo sempre.

Verter a mistura de gemas e leite, para o restante leite e mexer.

Levar a lume baixo até que engrosse (cerca de 1 a 2 minutos). Retirar do lume.

Triturar as bananas com a essência de baunilha.

Adicionar as bananas trituradas ao creme e misturar bem.

Distribuir pelas taças ou copos.

Levar ao frigorífico para arrefecer durante 3 horas.

Decorar com canela e nozes na hora de servir.





06:52

Papas de Aveia de Chocolate e Banana - Sexta Feira Vegetariana

Papas de Aveia de Chocolate e Banana - Sexta Feira Vegetariana
Cá em casa o pequeno-almoço é obrigatório. Ninguém sai de casa para trabalhar, estudar ou fazer exercício físico sem comer esta refeição matinal. Confesso que durante muitos anos era frequente os meus filhos comerem cereais, sandes de carnes frias e papas. Reflexo talvez da alimentação que tive em pequena, mas com o passar dos anos tenho vindo cada vez mais a ter cuidado com o que sirvo ao pequeno almoço.

Oiço mães dizerem que os filhos já têm idade para fazer o seu próprio pequeno-almoço e que se recusam a fazê-los pelos seus filhos. Não as critico e percebo o seu ponto de vista, mas eu penso de uma forma um pouco diferente. De manhã andamos todos a correr, por isso é agradável chegar à mesa e ter um pequeno almoço apelativo e delicioso à nossa espera. Há quem compre mundos e fundos aos filhos para os mimar, prendas caras para os maridos. Esta é a minha forma de os mimar diariamente com o que tenho de melhor para lhes oferecer... o meu amor! E os sorrisos deles ao chegar à mesa, um beijo e um xi-coração de agradecimento pela refeição, e às vezes até uma foto no Instagram do pequeno-almoço, enche-me o peito de alegria. 

Deixando as lamechices para trás, os pequenos-almoços passaram a incluir com frequência fruta variada, iogurtes de vaca, cabra e ovelha, pão integral, sementes variadas, frutos secos, pólen de abelha, spirulina, etc. As papas de aveia frias, são as mais prácticas de fazer e podem ser feitas com muita facilidade de véspera. A aveia pode ser substituída por flocos de trigo sarraceno, de cevada, e podemos incluir também flocos de feijão azuky para uma dose extra de fibra. Enfim, a ideia é variar, não comer sempre o mesmo. Detesto comer sempre o mesmo todos os dias. E quanto mais coloridas forem as refeições, melhor. Os olhos também comem!







Ingredientes (2 pax):

1 copo de flocos de aveia
3 colheres de sopa de cacau (sem açúcar)
1 colher de sopa de flocos de feijão azuky
1/2 embalagem de iogurte natural
250ml de leite de coco Alpro
2 colheres de sopa de mel
1 colher de chá de essência de baunilha

sugestão de cobertura
banana
manteiga de amêndoa
pólen de abelha


Preparação:

Numa caixa de pirex com tampa colocar a aveia, o cacau e os flocos de feijão azuky.

Numa tigela misturam-se bem o leite de coco, o iogurte, o mel e a baunilha.

Adiciona-se a mistura de ingredientes líquidos à mistura de aveia e mistura-se bem.

Tapa-se e leva-se ao frigorífico durante a noite.

Na manhã seguinte servem-se duas tigelas com as papas de aveia, cobre-se com banana às rodelas, uma colher de sobremesa de manteiga de amêndoa e polvilha-se com pólen de abelha.

Servir e apreciar.



06:27

Bolachas de Nutella

Bolachas de Nutella
A adolescência nas raparigas tem uma coisa gira, as amizades. As raparigas passam horas a falar. Antigamente era por telefone, custando aos pais uma gigantesca conta de telefone. Agora é por Facetime ou por Skype. Horas a fio! A amiga da minha filha até já jantou connosco (pelo tablet).
Ora a amiga S., adora unicórnios, música e Nutella, e a minha filha, depois de ter faltado à escola um dia devido às malvadas alergias, decidiu levar-lhe umas bolachinhas de quê? Nutella, pois claro!

Estas bolachas são absolutamente deliciosas. Doces e salgadas ao mesmo tempo, ficam perfeitas com um copo de leite gelado. Podem não por a flor de sal por cima das bolachas, mas esta ajuda a equilibrar a quantidade de doce da bolacha, impedindo que esta fique demasiado enjoativa.

Depois de ver que hoje, 17 de Maio, é o World Baking Day, achei estas bolachas perfeitas para partilhar convosco. Acreditem, são espectaculares! Façam-nas e não se vão arrepender!








Ingredientes (rende+/-  25 bolachas):

1/2 chávena de farinha (sem fermento)
3 colheres de sopa rasas de cacau (sem açúcar)
1 colher de chá de bicarbonato de sódio
3 colheres de sopa cheias de Nutella
1 colher de sopa cheia de manteiga de amendoim
2/3 de chávena de açúcar
1 ovo
1 colher de chá de essência de baunilha
Flor de sal com pólen Casa do Sal

(1 chávena = 250ml)


Preparação:

Numa tigela mistura-se a farinha, o cacau, e o bicarbonato de sódio.

Noutra tigela bate-se com uma batedeira de mão a Nutella, a manteiga de amendoim e o açúcar até ficar cremoso.

Adiciona-se o ovo e a baunilha e torna-se a bater até se obter uma mistura homogénea.

Adiciona-se a pouco e pouco a mistura de farinha e bate-se com a batedeira, até estar tudo envolvido.

Leva-se ao frigorífico durante 30 minutos.

Entretanto aquece-se o forno a 180ºC e forram-se dois tabuleiros com papel vegetal.

Fazem-se bolas do tamanho de uma noz deixando bastante espaço entre elas.

Levam-se ao forno durante 10 minutos, se as preferirem macias, ou durante 15 minutos se as preferirem estaladiças.

Retiram-se para uma rede e polvilham-se de imediato com flor de sal com pólen (para que se agarre à bolacha).

Guardar num recipiente hermético.




06:13

Lulas Guisadas

Lulas Guisadas
Eu gosto de ter sempre no meu congelador um saco de lulas limpas congeladas do Lidl. Muito prácticas de usar, descongelam num instante e são saborosas. Um domingo destes, depois de ter ido caminhar com a minha filha, cheguei a casa e, sem ter o almoço planeado (por preguiça), não sabia o que fazer para comermos. É nestas alturas em que eu abro a porta do congelador e da despensa e estou uns bons 5 minutos a ponderar o que fazer com o que tenho à frente.

Depois de calcular o tempo dos banhos dos meus ciclistas e da minha filha, que não é muito, mas dava perfeitamente para fazer estas lulas guisadas. Devido ao facto das lulas serem pequenas, não precisam de muito tempo de cozedura, por isso ficam macias mais depressa. E é por isso que tenho sempre o saco de lulas congeladas do Lidl, para fazer uma refeição deliciosa, num curto espaço de tempo.






Ingredientes (4 pax):

1 sacos de lulas limpas congeladas do Lidl
3 colheres de sopa de azeite
1 cebola grande
1/4 de chouriço de carne
1/2 naco de bacon extra sem couro e sem cartilagem Primor Charcutaria
1 pimento mini laranja
1 pimento mini vermelho
1 lata de tomate pequena
2 colheres de sopa de pasta de tomate
1 colher de chá de pimentão fumado
100ml de vinho branco
1 molho de salsa (pés e caules)
sal e pimenta a gosto
piri-piri

Preparação:

Descongelam-se as lulas em água e cortam-se em rodelas. Escorrem-se bem e reservam-se.

Pica-se a cebola, cortam-se os pimentos em quadrados, corta-se o chouriço e o bacon em cubos,  e leva-se a refogar no azeite.

Quando a cebola estiver dourada e translúcida, juntam-se as lulas cortadas e, em lume forte, mexem-se até começarem a mudar de cor.

Junta-se o tomate esmagado, a pasta de tomate, o vinho branco, o pimentão fumado, os caules da salsa picados, sal, pimenta e piri-piri.

Mistura-se e deixa-se levantar fervura.

Baixa-se o lume para médio, tapa-se e deixa-se cozinhar durante 15 a 25 minutos, ou até as lulas estarem macias.

Juntam-se a salsa picada e retira-se do lume.

Servir com batatas cozidas e salada.

06:03

Omelete Doce de Morango e Amêndoa

Omelete Doce de Morango e Amêndoa
Às vezes apetece algo doce, mas como não queremos abusar comemos um quadradinho de chocolate e pronto. Mas caramba, há que apreciar a vida e o doces fazem parte dela. O que podemos fazer é utilizar ingredientes mais saudáveis. É doce na mesma, mas não faz tão mal.

É o caso desta omelete doce. Pode parecer estranho, mas depois de a provarem, até vão esquecer que é saudável. É de comer e chorar por mais. Para mim, não há como resistir à combinação do sabor da amêndoa com os morangos.




Ingredientes (4 pax):

250g de morangos
2 colheres de sopa de açúcar de coco
2 colheres de chá de essência de baunilha
6 ovos
40g de farinha de amêndoa (ou amêndoa moída)
1 colher de sobremesa de manteiga
50g de amêndoas laminadas
1 colher de sopa de mel
folhas de menta


Preparação:

Pré-aquecer o forno a 200ºC.

Cortar os morangos em rodelas e reservar.

Colocar os ovos, o açúcar de coco, a baunilha e a farinha de amêndoa numa tigela e misturar tudo.

Aquece-se uma frigideira pequena (que possa ir ao forno) com a manteiga e verte-se a mistura de ovos.

Cobre-se com metade dos morangos e com as amêndoas laminadas.

Deixa-se cozinhar em lume baixo durante cerca de 5 minutos.

Leva-se ao forno e deixa-se assar e dourar a superfície até que a omelete esteja completamente assada.

Retira-se do forno cobre-se com os restantes morangos, decora-se com folhas de menta e rega-se com o mel.

Servir de imediato.


06:10

Bola de Carnes

Bola de Carnes
Sempre que vou à casa dos meus pais venho de lá a rebolar com um saco de comida. Num destes dias o meu pai mandou-me o que restava do almoço, ou seja, uma caixa cheia de carne grelhada. Sem nos apetecer croquetes ou empadão, o meu marido sugeriu que fizesse uma bola de carnes. Depressa me socorri do meu livro "Comida Tradicional Portuguesa" da Maria de Lourdes Modesto e encontrei a receita da bola de carne de Vila de Rua.

Depois de algumas alterações, e de um desastre culinário (um pequeno grande erro de cálculo) que me obrigou a fazer tudo de novo, resultou esta fantástica bola de carnes. Fofa, amanteigada (embora não leve assim tanta manteiga) e cheia de carnes, combina na perfeição com um bom vinho tinto e uma boa conversa.







Ingredientes:

750g de farinha de trigo sem fermento
3 colheres de chá de fermento liofilizado para pão (ou 20g de fermento fresco de padeiro)
7 ovos
3 colheres de sopa de manteiga
sal
600g de mistura de carnes grelhadas (entremeada, frango, febras)


Preparação:

Retiram-se as peles e os ossos à carne e corta-se em pedaços pequenos. Reserva-se.

Na tigela da batedeira coloca-se 50g da farinha e o fermento dissolvido em 100ml de água morna.

Mistura-se bem, tapa-se e deixa-se descansar durante 5 minutos.

De seguida, adiciona-se a restante farinha, o sal, os ovos e a manteiga derretida.

Amassa-se até se formar uma bola de massa macia que se descola das mãos.

Se os ovos forem muito grandes e a massa ficar demasiado peganhosa, adicionem um pouco mais de farinha.

Unta-se uma forma grande de barro (ou de pirex) com manteiga e cobre-se o fundo com metade da massa.

Espalham-se as carnes picadas por cima e tapa-se com a segunda metade de massa.

Tapa-se com um pano e deixa-se levedar durante 45 minutos a 1 hora.

Entretanto aquece-se o forno a 200ºC.

Assa-se durante 45 minutos ou até se bater e fizer um som oco e a superfície estiver bem dourada.

Retira-se do forno e transfere-se para uma rede onde se deixa repousar durante 5 a 10 minutos.

Corta-se em quadrados e serve-se.


RECEITA ADAPTADA DO LIVRO "COZIDA TRADICIONAL PORTUGUESA" DE MARIA DE LOURDES MODESTO



06:10

Muito Mais do Que Trigo - Farinha de Amêndoa

Muito Mais do Que Trigo - Farinha de Amêndoa
Tal como foi prometido na última edição de "Muito Mais do Que Trigo", eis que chega a vez da farinha de amêndoa. A gastronomia portuguesa usa muito esta farinha em doces conventuais, mas hoje em dia é também uma excelente alternativa para quem não pode consumir glúten, pois é 100% isento.



Mais à frente poderão encontrar, como habitualmente, as características nutricionais, como usar a farinha, que farinha é esta e, finalmente, receitas testadas por mim.




O QUE É A FARINHA DE AMÊNDOA?

A farinha de amêndoa é nada mais do que o resultado da moagem fina de amêndoas que foram escaldadas e posteriormente peladas. Pode ser comprada em supermercados e em lojas de produtos naturais.
Facilmente se confunde com amêndoa moída ou em pó, mas não é bem a mesma coisa. A amêndoa moída, geralmente, tem pele e é o resultado de uma moagem mais grosseira. A farinha é mais branquinha, não tem as peles da amêndoa e foi moída mais fininha, o que resulta melhor em bolos.
Podem fazer a farinha em casa, mas têm de ter em atenção que ao moerem a amêndoa não devem chegar ao ponto de manteiga de amêndoa (que é deliciosa, mas não o que se pretende) e não devem deixar aquecer demasiado. A fricção das lâminas do processador aquece as amêndoas, em particular o óleo das amêndoas e alterando a sua estrutura.


COMO DEVE USAR A FARINHA DE AMÊNDOA?

A esta altura devem estar a pensar se podem usar a amêndoa moída em vez da farinha de amêndoa. Sim, podem, mas os resultados serão ligeiramente diferentes. Os bolos serão mais densos e escuros (por causa da pele da amêndoa), poderão desfazer-se mais, mas são igualmente bons. Podem fazer uma batota e colocar a amêndoa moída no processador e triturar até ficar uma moagem mais fina (cuidado para não fazerem manteiga de amêndoa!).

Devem sempre guardar a farinha de amêndoa num recipiente hermético e no frigorífico ou no congelador, para que não ganhe sabor a ranço, que irá estragar qualquer comida que possam fazer.

Visto que é uma farinha isenta de glúten, é difícil de fazer bolos que cresçam tanto como os que são feitos com farinha de trigo. Por isso aconselho que a substituição não seja feita a 100%. Se o glúten não for um problema, podem substituir 25% da farinha de trigo pela farinha de amêndoa, o que irá conferir aos bolos e bolachas humidade e sabor (mas não se aperceberão que é amêndoa).

Para bolos feitos com uma grande percentagem de farinha de amêndoa aconselho o uso de um amido, como o amido de milho, fécula de batata ou farinha de araruta (da qual falarei para a semana), que irá tornar os bolos e bolachas ligeiramente mais leves. E se conjugarem com farinha de coco, esta irá conferir estrutura e equilibra o nível de humidade do bolo. Os ovos serão também o vosso aliado, pois irão ligar a massa, impedindo que se desfaça tanto depois de cozido.

A farinha de amêndoa pode ser usada em bolachas, cumbles, pão, waffles, brownies, muffins e para panar carne e peixe (idealmente no forno, para não queimar a farinha devido ao elevado conteúdo de óleo).


QUAIS OS BENEFÍCIOS DE CONSUMIR FARINHA DE AMÊNDOA?

Todos os dias ouvimos falar dos benefício do consumo de frutos secos e logo aí estamos a marcar pontos ao usar esta farinha na nossa alimentação.

A farinha de amêndoa é uma excelente fonte de vitamina E, vitamina B e de antioxidantes que ajuda a proteger as células de radicais livres. Contém vários minerais importantíssimos, tal como o cálcio, o fósforo, potássio, magnésio, zinco e ferro, sendo alguns deles fundamentais na prevenção da osteoporose.

Fazer uma dieta rica em gorduras monoinsaturadas, tais como as que se podem encontrar nas amêndoas, ajuda a diminuir o nível de colestrol, a baixar a tensão arterial e contribui para um sistema cardiovascular saudável.

Estudos científicos comprovam que o consumo de amêndoa ajuda a proteger o organismo contra o cancro do cólon.

Sendo uma fonte de hidratos de carbono saudáveis, dá-nos um incremento de energia necessário para aguentar uma vida activa. Sendo também bastante saciante, a farinha de amêndoa é uma aliada fundamental na perda de peso.

Ao consumir menos farinha de trigo (rica em hidratos de carbono simples), e aumentando o consumo de farinha de amêndoa (rica em hidratos de carbono complexos) será mais fácil regular a quantidade de glucose e de insulina no sangue.

Outra característica desta farinha é o seu elevado teor em fibras que promove um sistema digestivo saudável, prevenindo a obstipação e alivia os sintomas da diarreia.

Depois de tantas vantagens há que salientar alguns contras. Tal como tudo o que é de menos, o que é demais é mau, e o consumo excessivo desta farinha irá provocar excesso de peso e poderá ser tóxico para o nosso organismo. Por vezes as amêndoas podem conter glicosídeos cianogénicos, que ao ser consumido em grandes quantidades é tóxico para o ser humano. Pelo facto das amêndoas também terem ácidos gordos polinsaturados, o seu consumo excessivo pode provocar inflamação do intestino.

Consumam amêndoas e farinha de amêndoa, mas devem fazer parte de uma alimentação variada e não devem estar presentes diariamente na vossa mesa. 

E agora? Uma receita para testar esta farinha?





BOLACHAS DE AMÊNDOA E ALOÉ VERA


Estas bolachas são tão saborosas que o meu sobrinho fez questão de me dizer que as adora. Claro que fiquei tão babada que lhe prometi de imediato que faria mais. 






Ingredientes (30 bolachas):

2 copos de farinha de amêndoa
1 copo de flocos de espelta
60ml de mel
1 pitada de sal fino
1 colher de chá de bicarbonato de sódio
2 ovos
1/4 de chávena de óleo de coco macio (não deve estar nem líquido, nem duro)
1 colher de chá de essência de baunilha
3 colheres de sopa de aloé vera cristalizado cortado em pedaços pequenos
3 colheres de sopa de amêndoa com pele cortada grosseiramente


Preparação:

Misturar a farinha de amêndoa, os flocos de espelta, o bicarbonato de sódio e o sal.

Noutra tigela bater os ovos com o mel, o óleo de coco, a baunilha até começar a formar uma espuma e estar tudo bem misturado.

Verte-se a mistura de ovos para a tigela com a mistura de farinha de amêndoa e mistura-se bem.

Adiciona-se o aloé vera cristalizado e a amêndoa cortada, envolve-se bem e leva-se ao frigorífico por 45 minutos.

Pré-aquecer o forno a 180ºC e forram-se dois tabuleiros grandes com papel vegetal.

Formam-se bolas e dispõem-se nos tabuleiros. Achatam-se ligeiramente as bolas de massa com a mão e leva-se ao forno durante 15 minutos, ou até estarem douradas.

Quando estiverem assadas, retiram-se as bolachas do forno e transferem-se para uma rede para arrefecerem.

Guardam-se num recipiente hermético.




BOLO DE LARANJA, AMÊNDOA E PINHÃO



Ingredientes:

2 laranjas
1 colher de chá de fermento
6 ovos
220g de açúcar em pó
240g de farinha de amêndoa
75g de farinha de trigo
50g de pinhão


Preparação:


Lavar as laranjas e cozer num tacho com água durante 1h e 30m ou até ficarem macias. Escorrer e deixar arrefecer.

Pré-aquecer o fono a 180ºC. Untar uma forma com manteiga redonda e forrar com papel vegetal.

Cortar as extremidades da laranja, cortar em quartos e descartar as sementes. Reduzir a puré junto com o fermento e reservar.

Numa tigela bater os ovos com o açúcar até se obter uma espuma fofa e homogénea.

Adicionar a farinha de amêndoa, a farinha e o puré de laranja. Mexer delicadamente até não ter grumos.

Deitar na forma, polvilhar com os pinhões e levar ao forno durante cerca de 1h.

Ao fim desse tempo, retirar do forno e polvilhar com açúcar em pó.




BOLO DE AMÊNDOA



Ingredientes:

110g de manteiga amolecida
150 g de açúcar
3 ovos
90 g de farinha de amêndoa
40 g farinha com fermento
1 colher de sopa de leite
1 colher de chá de extrato de baunilha
1 colher de sopa de amêndoa picada grosseiramente torrada para polvilhar
doce de ovos


Preparação:

Pré-aquecer o forno a 180ºC. Untar uma forma redonda de 20cm com manteiga, forrar o fundo com papel vegetal e polvilhar com farinha.

Colocar todos os ingredientes numa tigela e bater até se obter uma mistura fofa e homogénea.

Deitar esta mistura na forma e levar ao forno durante 30 minutos.

Ao fim desse tempo, retirar do forno e deixar arrefecer.

Cobrir o bolo com doce de ovos e polvilhar com a amêndoa picada grosseiramente.












15:51

Hambúrgueres de Grão, Ervilhas e Cevada - Sexta Feira Vegetariana

Hambúrgueres de Grão, Ervilhas e Cevada - Sexta Feira Vegetariana
Todos os dias vejo nas redes sociais fotos de hamburgueres vegetarianos, alguns de lojas bem famosas, e muito sinceramente eu não comeria muitos deles. Não pretendo ser arrogante ao dizer isto, mas se a ideia é comer melhor, não vejo como estar a tirar um hamburguer vegetariano de uma embalagem é melhor do que comer um bom hamburguer de carne caseiro. Só porque é vegetariano desculpa-se o vir numa embalagem e ter aditivos?

Eu prefiro fazer os meus, congelar e ter à mão sempre que preciso. Como já referi por diversas vezes, cá em casa restringimos a quantidade de alimentos processado. Isso passa por não comprar "comida de pacote" e comer os alimentos o mais natural possível. Só a Nutella, as carnes frias e, às vezes, o pão de hambúrguer, continuam a ser o nosso pecado. Podem dizer que fazem mal. Sim fazem mal... se consumidas em excesso, o que não é o caso. A solução para se comer melhor é planear e estar preparado para cada refeição para evitar stresses de última hora e acabar por encomendar uma pizza gordurosa.

Para esta sexta fiz estes hambúrgueres de grão, ervilhas e cevada, que são óptimos para comer no pão, no prato e dão para congelar para refeições futuras. Cheios de fibra e nutrientes saudáveis, macios por dentro e estadiços por fora, estes hambúrgueres não se "esborracham" todos e conseguem manter a sua estrutura quando apertados no pão. O segredo? Eu digo... farinha de coco. Sim! Simples, saudável e eficaz.

Sim são hambúrgueres vegetarianos, sim são saudáveis, e sim são deliciosos! A comida tem de saber bem, tem de dar prazer, tem de alimentar o corpo e a alma. Estes hambúrgueres fazem isso tudo! Vão experimentar?






Ingredientes (8 hambúrgueres):

400g de grão cozido
140g de milho de lata (sem açúcar adicionado)
150g de ervilhas congeladas (não é preciso descongelar)
1 batata doce pequena assada
110g de flocos de cevada
25g de farinha de coco
1 molho pequeno de coentros picados (folhas e caules)
1 colher de chá de caril em pó
1 colher de chá de colorau fumado
1 colher de chá de flor de sal
pimenta preta moída a gosto
azeite


Preparação:

Preparar um tabuleiro grande forrado com papel vegetal. Pré-aquecer o forno a 200ºC.

Colocar todos os ingredientes, excepto a farinha de coco, dentro de um processador e triturar. Caso o copo do processador seja pequeno, triturem pequenas porções de cada vez. A mistura deve ter alguma textura e devem-se sentir pequenos pedaços de ervilha e cevada.

Adiciona-se a farinha de coco, envolve-se e deixa-se repousar durante um minuto para que absorva a humidade dos legumes. Se a mistura ainda se colar muito às mãos, estiver demasiado húmida e difícil de moldar, junta-se um pouco mais de farinha de coco.

Divide-se a mistura em 8 porções iguais e moldam-se os hambúrgueres.

Colocam-se no tabuleiro, regam-se com um fio de azeite e levam-se ao forno durante 25 a 30 minutos.

Sugiro que se sirvam com queijo de cabra, maionese e rúcula em pão de hambúrguer.

Se optarem por congelar, dispõem-se num tabuleiro e levam-se ao congelador por uma hora. Retiram-se do tabuleiro e transferem-se para um saco com fecho hermético. Na hora de os utilizar, basta pô-los ainda congelados num tabuleiro e deixar mais uns minutos no forno.





Copyright © 2016 As coisas da Mãe Sofia , Blogger