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17:12

Orelha e rabo de porco de coentrada

Orelha e rabo de porco de coentrada

Desta vez traga-vos uma receita bem tradicional deste nosso Portugal à beira mar plantado. Não se desperdiça nada do animal, por isso, até o rabo e a orelha se aproveita na nossa cozinha. Como nesta época de Páscoa recebemos sempre família e amigos e temos de ter sempre um petisco apetitoso para acompanhar com uma cerveja ou vinho, o que deixa todos satisfeitos.

Esta receita não é nada complicada mas pede grelhador, podem usar a função grill do forno, que é o que eu faço, mas é claro que umas brasas são a solução perfeita.



 INGREDIENTES
(4 a 6 pessoas)
Receita do livro "Cozinha Tradicional Portuguesa" da Maria de Lourdes Modesto

1 orelha de porco
1 rabo de porco
3 dentes de alho
coentros a gosto
4 colheres de sopa de azeite
2 colheres de sopa de vinagre
sal

PREPARAÇÃO

Dá-se uma cozedura no rabo e orelha de porco durante 15 minutos na panela de pressão com sal. A ideia não é cozer completamente, apenas amaciar antes de acabar de cozinhar no grelhador. Deve-se conseguir espetar um garfo quando saem da panela.

 Escorre-se bem e grelham-se a orelha e rabo de porco até ficarem estaladiços e a pele formar bolhas.

Corta-se em pedaços pequenos e coloca-se numa tigela com o alho bem picado, os coentros picados o azeite e o vinagre.

Envolve-se bem e deixa-se repousar no frigorífico até à hora de servir.

 

17:09

Petingas com arroz de coentros

Petingas com arroz de coentros

Se há um prato de peixe que a minha família adora é um belo prato de petingas com arroz de coentros. Felizmente ainda consigo fazer compras num mercado tradicional onde consigo encontrar petingas (dentro dos limites legais), o que se torna uma refeição regular cá por casa. Às vezes faço apenas petingas para servir de entrada ou para petiscar enquanto comemos uma sopa.

 Esta semana partilhei a foto das petingas que estava a fazer para o nosso almoço e tive algumas perguntas de como as confecionava. Por ser um prato tão fácil de fazer, achei que seria interessante para muitos novatos na cozinha perceber como fazer este prato tão português.

 

INGREDIENTES
(4 pessoas)

1kg de petingas
farinha de milho
óleo
3 colheres de sopa de azeite
1 cebola
1 dente de alho
1 molho de coentros (talos e folhas)
100ml de vinho branco
2 chávenas de arroz agulha
sal e pimenta a gosto

PREPARAÇÃO

para o arroz de coentros

Aquece-se o azeite em lume médio e junta-se a cebola picada.

Quando a cebola estiver translúcida, juntam-se o alho picado e os talos picados e deixa-se cozinhar durante 5 minutos.

 Adiciona-se o arroz e mexe-se durante 1 minuto. Rega-se com o vinho branco e torna-se a mexer.

Cobre-se o arroz com água quente, tempera-se com sal e pimenta, tapa-se e baixa-se o lume para médio baixo. Deixa-se cozer o arroz. Se o arroz começar a secar e ainda não estiver cozido, basta adicionar mais um pouco de água.

Quando o arroz está al dente (o bago de arroz está macio por fora mas ainda se sente o interior um pouco duro), adicionam-se as folhas de coentros picados, adiciona-se mais água (caso seja necessário), ajustam-se os temperos, e deixa-se cozinhar durante mais 3 minutos. Ao fim de 3 minutos desliga-se o lume e deixa-se o arroz repousar durante 5 a 10 minutos, ou até o arroz estar totalmente cozido e soltinho quando se solta com um garfo. (Os tempos podem variar de marca para marca, por isso basta vigiar o arroz para não passar do ponto)

para as petingas

Enquanto o arroz coze, aquece-se o óleo num frigideira (de preferência 180ºC)

Prepara-se um prato com farinha milho e tempera-se com sal fino.

As petingas que já foram limpas com antecedência de guelras e tripas (basta puxar pelas guelras e as tripas costumam sair agarradas, casa não saiam, basta puxar por elas que saem com facilidade, depois é só passar por água) passam-se pela farinha de milho temperada, sacodem-se levemente e colocam-se no óleo quente.

Fritam-se as petingas até que fiquem douradas e já não agitem muito o óleo. (Caso tenham dúvidas se as petingas estão prontas, basta retirar uma e partir ao meio. A carne deve-se separar facilmente da espinha.)

Retiram-se as petingas da frigideira e deixam-se escorrer numa rede ou num prato forrado com papel de cozinha.

Servem-se as petingas com o arroz, decorado com azeitonas e uma salada verde.

09:38

Queijadas de Sintra

Queijadas de Sintra
Durante a semana não costumo fazer sobremesas, mas ao fim de semana dá vontade de comer uma coisinha docinha e caseira. Sejam umas bolachas, bolo, arroz doce, há sempre uma guloseima para comer. 
 
Desta vez foram estas queijadas de Sintra. Confesso que ir até Sintra, estacionar (não está fácil por aqueles lados) e esperar numa longa fila para comprar queijadas não é algo que me atrai especialmente, prefiro ficar em casa quentinha debaixo de uma manta com um livro numa mão e uma queijada de Sintra caseira na outra mão.
 
 Em relação à receita tenho a apontar que a massa das queijadas deve ser feita de véspera, contudo, se forem apressados como eu, deixem a massa descansar durante uma hora ou duas e depois pode ser usada. A massa deve ser muito bem esticada e ficar fininha. Polvilhem muito bem a bancada e com paciência vão estendendo a massa até ficar muito fininha. A massa engrossa ligeiramente durante a cozedura.
 
No entusiasmo de fazer queijadas nunca contei exactamente quantas rende, contudo, esse número vai depender do tamanho das formas usadas. As formas só devem ser levemente untadas para não deixar a massa gordurosa e permitir que fique seca e estaladiça.

 


 

INGREDIENTES:


para a massa

250g de farinha
1 colher de sopa de manteiga
água
sal

para o recheio

400g de queijo fresco
350g de açúcar
4 gemas
60g de farinha
1 colher de café de canela
 

PROCEDIMENTO:

para a massa
 
Coloca-se a farinha numa tigela e faz-se uma cova no meio.
 
Deita-se a manteiga derretida e uma pitada de sal e mistura-se com as mãos.
 
Vai-se deitando a água aos pingos, até que a massa não esfarele e se consiga fazer uma bola. Não deve ficar uma massa macia, mas sim rija.

Idealmente, a massa deve-se fazer de véspera, mas se estiverem com pressa, deixem descansar, tapada, pelo menos uma a duas horas.

para o recheio

Com um passe-vite ou numa picadora desfaz-se o queijo fresco até que fique sem grumos e cremoso.

Adiciona-se o açúcar e mistura-se bem.

Adicionam-se as gemas, a farinha e a canela e mistura-se até se obter uma mistura homogénea.

montagem

Pré-aquecer o forno a 200ºC.
 
Untam-se levemente as formas de queques.

Cortam-se círculos de massa e forram-se as formas.
 
Distribui-se o recheio pelas formas (não encher totalmente, porque o recheio vai crescer um bocadinho, e se entornar vai ser muito difícil de desenformar).

Levam-se as queijadas ao forno durante 15 a 20 minutos. Deverão ficar com a cor que se vê nas fotos acima, e a massa estar sequinha e estaladiça.
 
Desenformar, deixar arrefecer em cima de uma rede.
 
ADAPTADO DO LIVRO: "COZINHA TRADICIONAL PORTUGUESA" DE MARIA DE LOURDES MODESTO

15:12

Pastel de Nata Gigante

Pastel de Nata Gigante
Adoro pastel de nata, e apesar de viver a minutos do famoso pastel de Belém, a preguiça é demasiada para enfrentar as longas filas que diariamente se veêm à porta. As pastelarias que vendem bons pastéis de nata (de acordo com o meu gosto, claro!) ficam longe e entra novamente a preguiça de perder tanto tempo para me deslocar até elas.

Como me estava mesmo a apetecer um pastel de nata, aproveitei que já tinha o forno ligado por estar a assar um frango para o almoço e fiz rapidamente o pastel de nata. Novamente a preguiça... não me apetecia ter o trabalho de forrar forminhas com a massa... daí sai um pastel de nata gigante! Massa super estaladiça, um interior cremoso, suave e maravilhoso...hmmmm, que delícia!










Ingredientes:

1 base de massa folhada redonda
200g de açúcar
160ml de água
1 pau de canela
1 tira de casca de limão
250ml + 90ml de leite
80g de farinha
6 gemas

açúcar em pó e canela para polvilhar


Preparação:

Liga-se o forno a 240ºC. Forra-se uma tarteira de 23cm de diâmetro com a massa folhada.

Leva-se um tacho ao lume com a água e o açúcar e deixa-se ferver por 1 minuto.

Transfere-se a calda de açúcar para uma tigela e reserva-se.

No mesmo tacho levam-se os 250ml de leite, o pau de canela e a casca de limão ao lume até começar a ferver.

Numa tigela coloca-se a farinha com os 90ml de leite e mistura-se com uma vara de arames até se obter um creme sem grumos.

Verte-se o leite fervido em fio para o creme de farinha, mexendo sempre com a vara de arames. Adiciona-se também a calda de açúcar e mistura-se.

Verte-se a mistura para o tacho e leva-se novamente ao lume até começar a engrossar.

Retira-se do lume, descarta-se o pau de canela e a casca de limão.

Adicionam-se as gemas ao creme quente, mexendo, rapidamente e sem parar, com uma vara de arames.

Verte-se o creme para um passador para eliminar qualquer grumo ou pedaço de ovo que possa haver e transfere-se o creme para a forma forrada com a massa folhada.

Leva-se ao forno até que o topo tenha aquela camada escura, típica dos pastéis de nata, o que demorará uns 15 a 20 minutos.

Retira-se o pastel de nata do forno e deixa-se arrefecer por 15 minutos na forma. Depois transfere-se para um prato de servir e polvilha-se com açúcar e canela a gosto.



19:56

O melhor bolo inglês do Mundo!

O melhor bolo inglês do Mundo!
Já estamos a acabar Março e as receitas aqui publicadas têm sido muito poucas. Tinha uma série de ideias para pôr em práctica mas, depois do Natal complicado que tive, e de um cansaço mental generalizado que me tem consumido, a energia tem sido pouca para publicar o que vou fazendo na cozinha, e, por isso, peço desculpa a quem me segue.
Na tentativa de retomar a rotina normal deste cantinho vamos começar com um bolinho bem conhecido dos portugueses: o Bolo Inglês! Parece que agora todos querem os naked cakes, e aqueles bolos todos modernos decorados, mas, embora esses sejam deliciosamente espectaculares, eu preciso do tradicional bolo inglês. E esta receita é a minha preferida, não fosse ela da talentosa Maria de Lourdes Modesto. Fica crocante e torradinho por fora, e por dentro húmido qb e delicioso! O melhor que eu já comi!





Ingredientes:

150g de manteiga
250g de açúcar
2 colheres de chá bem cheias de fermento em pó
4 ovos
1dl de leite
1 cálice de aguardente
250g de frutas cristalizadas
100g de passas
350g de farinha sem fermento


Preparação:

Pré-aquecer o forno a 200ºC e untar uma forma rectangular de bolo inglês com manteiga, forrar com papel vegetal e voltar a untar e polvilhar com farinha.

Picar as frutas cristalizadas e passar por água morna para retirar algum do açúcar.

Bate-se a manteiga com o açúcar e o fermento.

Juntam-se os ovos inteiros e o leite, continuando a bater até se obter uma mistura suave e homogénea (se a mistura talhar não tem problema e não afecta o resultado final).

Adiciona-se a aguardente, as frutas cristalizadas passadas por farinha, as passas e a farinha.

Transferir a massa para a forma untada e forrada e lava-se ao forno.

Quando o bolo começar a crescer e a ficar lourinho, dá-se um golpe superficial no sentido do comprimento para dar a típica marca do bolo inglês. (não se preocupem que o bolo não afunda).

Deixar cozer por 1 hora, ou até o palito sair seco e se ter formado uma crosta estaladiça.






06:08

Bola de Presunto de Lamego

Bola de Presunto de Lamego
São muitos os livros que culinária que tenho na minha biblioteca pessoal. Adoro folhear os livros e deixar-me inspirar pelas inúmeras receitas, ver as fotos (livros de receitas sem fotos não dá para mim) e idealizar menus.

Mas há dois livros que são os meus preferidos: "Cozinha Tradicional Portuguesa" da Maria de Lourdes Modesto, e "Curso de Cozinha" de Hentique Sá Pessoa. São livros que leio, releio e volto a ler, e em todas as vezes aprendo alguma coisa nova.

A receita desta bola foi tirada do livro "Cozinha Tradicional Portuguesa", que está recheado de receitas maravilhosas da nossa deliciosa gastronomia. É tão boa, que desapareceu num instante.

Devo advertir que quando se está a amassar a massa, a início, parece que não vai resultar, mas depois de vários minutos a amassar, transforma-se numa massa elástica e macia, muito fácil de trabalhar. Para fazer a massa é necessária muita paciência e para evitar estar muito tempo a amassar, aconselho o uso de uma batedeira, senão vão acabar com os braços bastante cansados. Esta bola deve ficar bastante baixa e nunca ultrapassar os 3 cm de altura. Por fim, usem bom presunto, vai valer bem a pena.







Ingredientes:

500g de farinha sem fermento
7 g de fermento liofilizado para pão
água morna
1 colher de chá de sal fino
100g de manteiga à temperatura ambiente
350g de presunto
azeite

Preparação:

Colocar 100ml de água morna num copo e misturar o fermento. Deixar repousar por 5 minutos.

Colocar a farinha na tigela de uma batedeira com o gancho de amassar pão.

Adiciona-se o sal e a mistura de fermento.

Começa-se a amassar devagar e adiciona-se mais água morna, uma colher de sopa de cada vez, até que se forme uma bola dura. (eu usei no total, cerca de 300ml de água, mas a quantidade pode variar com a farinha)

Com a batedeira ligada em velocidade média, deita-se a manteiga aos poucos, uma colher de sobremesa de cada vez. (vai parecer que a massa está pronta para ir para o lixo, mas tenham fé, que isto vai resultar)

Deixa-se amassar durante 5 minutos ou até se formar uma bola macia e homogénea que não se cola às mãos.

Tapa-se com película aderente e deixa-se levedar por uma hora, ou até duplicar de volume.

Pré-aquecer o forno a 200ºC.

Retiram-se 2/3 da massa e, com as mãos untadas de azeite, estende-se até se obter um rectângulo de 40cm x 30cm.

Cobre-se a massa com as fatias de presunto e rega-se com um fio de azeite.

Estende-se a restante massa com as mesmas dimensões (vai ficar muito fina) e coloca-se por cima do presunto.

Com os dedos, fecham-se as bordas da massa dobrando a massa da base sobre a massa de cima.

Pincela-se a superfície da massa com um pouco de azeite e leva-se a cozer  até a massa ficar dourada e estaladiça, cerca de 15 minutos.

Deixar arrefecer numa rede e cortar em quadrados.



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