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06:30

Bolas simples (sem amassar)

Bolas simples (sem amassar)
Há uns meses comprei um livro chamado "Pão caseiro" da Maria Blohm. Não somos intolerantes ao glúten, contudo o pão de compra é difícil de digerir. Depois de muito ler, apercebi-me que o facto de ser pão que fica a levedar por pouco tempo, a levedura tem muito pouco tempo para quebrar as ligações químicas da farinha. Por isso, deixar o pão a levedar de um dia para o outro torna o produto final mais fácil de digerir.

Já há algum tempo que queria deixar de comprar pão e passar a fazer o meu. Requer alguma organização, mas não é impossível. Basta uns minutos à noite e de manhã é só colocar no forno a cozer. Sim, é assim tão simples. O resultado, são umas bolas fofas, com buraquinhos deliciosos onde a manteiga se vai infiltrar e uma crosta estaladiça.

Ora o livro que mencionei, tem uma série de receitas deliciosas de pão, com muito pouco fermento e, geralmente, sem muito trabalho. Estas bolas são as mais fáceis e práticas de fazer e são presença habitual no nosso pequeno almoço.

Estas bolas foram feitas com farinha de espelta, mas podem simplesmente ser feitas com farinha de trigo, ou uma mistura de centeio e trigo.




Ingredientes
(faz 8 a 12 bolas)

450g de água fria
1 colher de chá de mel
1/4 de colher de chá de fermento liofilizado para pão
150g de farinha de espelta integral
450g de farinha de espelta
2 colheres de chá de sal fino

Preparação

Numa tigela funda, pesa-se a água, e nela se mistura o mel e o fermento.

Adicionam-se as farinhas e o sal e mistura-se tudo com uma colher de pau, até que não haja farinha por incorporar.

Tapa-se com película aderente e deixa-se a levedar à temperatura ambiente durante 8 a 12 horas. Geralmente faço a massa à noite depois do jantar para cozer o pão pela manhã.

No dia seguinte, aquece-se o forno a 240ºC, colocando um tabuleiro no fundo do forno. Entretanto fazem-se as bolas.

Com as mãos bem enfarinhadas e uma superfície bem enfarinhada, formam-se bolas e colocam-se num tabuleiro polvilhado com farinha.

Coloca-se o tabuleiro com as bolas na prateleira de baixo do forno e o tabuleiro colocado no fundo do forno, enche-se com água a ferver.

Deixam-se cozer durante cerca de 15 minutos, ou até ficarem douradas, e fazerem um som oco quando se bate por baixo da bola.

Deixa-se arrefecer durante 15 minutos e já se podem comer.

13:55

Pão Grande de Trigo e Espelta Integral

Pão Grande de Trigo e Espelta Integral
Neste fase de pandemia, todos evitamos sair diariamente para comprar pão. Sejamos realistas, com os miúdos em casa temos de ter pão. Ora se não compramos, temos de o fazer. Não é difícil, prometo. Apenas precisa de um bocadinho de dedicação... só um bocadinho pequenino mesmo.

Eu nem vou começar com a lenga lenga que todos temos mais tempo, agora que estamos em casa, porque todos sabemos que isso não passa mesmo de uma lenga lenga. Muitos continuam a trabalhar, têm os filhos que precisam de apoio, a lida da casa, um espacinho para fazer exercício físico (há inúmeros directos nas redes sociais, e vídeos no Youtube que podem fazer) e também para descansar. No meio disto onde sobra tempo?! Sobra um niquinho de tempo para este pão.

Ora este pão é feitio numa manhã. É um misto de fermentação rápida com fermentação lenta. Confuso? Eu explico. Vai levedar por fases, e nós só temos de o visitar por dois ou três minutos de cada vez.

Eu fiz com uma mistura de farinhas de trigo e de espelta integral, mas podem usar só trigo, trigo normal e integral, com centeio, com farinha de cevada ou aveia, ou adicionar um pouco de trigo sarraceno. A massa é peganhosa e agarra-se muito às mãos, mas acreditem que compensa e que vai funcionar. Não omitam o sal, podem mudar a quantidade, mas não omitam, pois o sal é importante para o sabor e crescimento do pão. Podem dividir a massa em dois pães, diminuindo o tempo de cozedura. No fim obtém um pão excelente para fazer sandes, torradas, tostas, para rabanadas ou simplesmente para acompanhar a refeição e absorver o molho que têm no prato. O melhor de tudo, é que leva apenas, farinha, água, sal e fermento e ficam com pão para dois dias, que pode ser congelado. Não precisam de panelas, nem de nenhum aparelho especial, apenas farinha para polvilhar e uma espátula.






Ingredientes

 600g de farinha de trigo
200g de farinha de espelta integral
11g de fermento liofilizado para pão
720ml de água tépida
1 colher de sopa de sal fino
farinha para polvilhar

Preparação
  
Coloca-se metade da farinha numa tigela grande, com a água e o fermento. Mexe-se com uma espátula ou colher de pau e deixa-se repousar durante 15 minutos, tapado com um pano.

Ao fim desses 15 minutos, adiciona-se a restante farinha e o sal. Mexe-se bem com a espátula até que não haja farinha por incorporar. Obtêm uma massa muito macia e peganhosa, é mesmo assim que se quer. Visto que a quantidade de farinha varia com o tipo de farinha, se a massa estiver muito seca, adicionem uma colher de sopa de água até obter a consistência desejada. Caso esteja demasiado líquida, adicionem um pouco mais de farinha.

Tapar e deixar levedar durante duas horas.

Polvilhar abundantemente a bancada com farinha e colocar a massa em cima.
 Como a massa se pega muito às mãos, usar uma espátula para puxar as bordas da massa para o centro. Polvilhar com farinha, fazer uma bola (muito macia e flexível) e tapar. Repousar 20 a 30 minutos.

Torna-se a polvilhar a bancada abundantemente com farinha e coloca-se a massa em cima. Volta-se a puxar as bordas da massa em direcção ao centro da massa. Polvilha-se com farinha, faz-se uma bola

Repete-se a operação 5 a 8 vezes, com intervalos de 20 a 30 minutos entre elas.

Na última vez que se puxa as bordas da massa para o centro e se faz uma bola, polvilhando-a com mais farinha, coloca-se esta num papel vegetal a descansar por mais 20 a 30 minutos, enquanto aquecem o forno a 240ºC, com dois tabuleiros nas duas últimas prateleiras do forno. O papel vegetal facilitará o transporte da massa para o forno sem esta abater.

Ao fim desse tempo coloca-se a bola de massa no tabuleiro de cima e no tabuleiro debaixo despeja-se água.

Fecha-se o forno e deixa-se cozer o pão por 50 a 60 minutos. Estará pronto quando se bater na parte debaixo e fizer um som oco. Deixar arrefecer em cima de uma rede para que a base não fique húmida.

Divirtam-se!

12:49

Tarte Fofa de Pêssego e Panquecas de Abóbora - Muito Mais Do Que Trigo (Farinha de Pinhão)

Tarte Fofa de Pêssego e Panquecas de Abóbora - Muito Mais Do Que Trigo (Farinha de Pinhão)
Como já tem vindo a ser hábito, sábado é sinónimo de "Muito Mais Do Que Trigo", em que vos apresento farinhas alternativas à farinha de trigo. Não que eu seja contra o trigo, mas porque razão nos devemos cingir apenas ao trigo, quando há tantos grãos e sementes que, quando transformados em farinha, resultam em comidas deliciosas e muito ricas em nutrientes.

A farinha que vos apresento hoje é a farinha de pinhão. Numa das minhas visitas ao supermercado Biomercado, um funcionário super simpático mostrou-me esta nova farinha da Diese. Sinceramente, assim que abri a embalagem só me apeteceu comer a farinha à colherada. Tem um cheio delicioso e confere um sabor ainda melhor aos cozinhados.

Para quem segue a página d'As coisas da Mãe Sofia no Facebook, viu no início da semana uma tarte de pêssego que suscitou muita curiosidade. Pois hoje a receita é publicada e vem acompanhada de umas deliciosas panquecas de abóbora.

Se gostam destas receitas, então partilhem com os vossos amigos e ajudem-me a divulgar opções muito mais nutritivas à farinha de trigo refinada.



O que é a farinha de pinhão?

Ao contrário do que possam pensar, esta farinha não é apenas o resultado da moagem do pinhão. Para além do pinhão ser moído, é também retirado o óleo do pinhão, obtendo-se uma farinha com um baixo teor de gordura, e por consequência, com baixo valor calórico.

A única marca que conheço que produz esta farinha é a Diese e, apesar de vir em embalagens de 200g, rende bastante, pois não é necessário usar em tanta quantidade para obter o resultado desejado. Já podem encontrar na maioria das grandes superfícies e em lojas de produtos naturais.


Quais as vantagens de consumir farinha de pinhão?

As vantagens de consumir furos secos já são conhecidas, e o mesmo se aplica a esta farinha. Rica em minerais, vitaminas e fibras, esta farinha, em conjunto com uma dieta equilibrada, fornece nutrientes essenciais para promover defesas contra doenças como o cancro, níveis de colesterol saudáveis, ajuda a fortalecer os ossos, contribui para olhos mais saudáveis, e muito mais.


Como usar a farinha de pinhão?

A farinha de pinhão absorve muito mais líquido do que a farinha de trigo. Devido a esta facto, para substituir a farinha de trigo pela de pinhão basta usar 25 a 50% desta farinha. Quero eu dizer com isto que se a receita pede 100g de farinha de trigo, basta substituir por 25 a 50g de farinha de pinhão.
Esta farinha resulta muito bem quando adicionada à massa de pão, substituindo uma parte da farinha de trigo, em panquecas, bolos, bolachas e até para adicionar ao iogurte.

Deixo abaixo duas deliciosas sugestões para experimentar esta fantástica farinha. Experimentem e partilhem comigo as fotos.

NOTA: As opiniões aqui descritas, são minhas e este post não foi pago por nenhuma marca. Tudo o que aqui é sugerido, é resultado da minha experiência.



TARTE DE PÊSSEGO
(sem trigo, lacticícios, ovos e açúcar refinado)

Sempre que vou ter com os meus pais levo um miminho. Desta vez, para além dos meus pais, o meu sobrinho estava também com eles e tinha de levar um docinho para eles. Esta tarte fica super fofinha, e também docinha devido ao sumo de maçã e ao açúcar de coco.



Ingredientes:

1 chávena de farinha de espelta
1/2 chávena de farinha de espelta integral
1/4 de chávena de farinha de pinhão
3/4 de chávena de açúcar de coco
1 colher de sobremesa de fermento em pó
1 colher de café de bicarbonato de sódio
1 colher de café de canela em pó
1 colher de chá de essência de baunilha
1 chávena de sumo de maçã acabado de extrair (ou leite vegetal)
1/4 de chávena de azeite
sumo e raspa de meio limão
2 pêssegos grandes

1 CHÁVENA = 240ML

Preparação:

Pré-aquecer o forno a 180ºC. Untar uma tarteira com azeite o polvilhar com farinha de espelta ou com pão ralado.

Colocar numa tigela as farinhas, o bicarbonato de sódio, o fermento em pó, o açúcar e a canela.

Noutra tigela misturar o sumo de maçã, a essência de baunilha, o azeite, e o sumo e raspa de meio limão.

Verter os ingredientes líquidos para a tigela com os ingredientes secos, e misturar.

Transfere-se a massa para a tarteira.

Cortam-se os pêssegos com pele em fatias finas e dispõem-se em cima da massa.

Leva-se ao forno durante 35 a 45 minutos, ou até se espetar um palito no centro e este sair limpo.

Servir morna ou fria, e de preferência com gelado de baunilha. Uma combinação maravilhosa!



RECEITA ADAPTADA DO LIVRO "COZINHA VEGETARIANA" DE GABRIELA OLIVEIRA




PANQUECAS DE ABÓBORA

Cá em casa adoramos panquecas, sejam elas doces ou salgadas. Desta vez fiz estas panquecas para o jantar e não desapontaram. Muito saciantes, cheias de nutrientes e deliciosas!




Ingredientes:

1 chávena de abóbora cozida a vapor e reduzida a puré
85g de iogurte natural
2 ovos médios
50g de queijo Emental
1 chávena e meia de farinha de trigo
1/4 de chávena de farinha de pinhão
1 colher de chá de fermento em pó
1 colher de sopa de manteiga derretida
sal e pimenta preta

hummus para acompanhar
rúcula
abacate
sumo de limão

1 CHÁVENA = 240ML


Preparação:

Aquecer uma frigideira antiaderente em lume médio.

Numa tigela larga misturar a abóbora com o iogurte, os ovos, o queijo e temperar com sal e pimetnta.

Adicionam-se as farinhas, o fermento em pó e mistura-se, apenas até a farinha estar incorporada.

Junta-se a manteiga derretida e envolve-se bem.

Unta-se a frigideira com azeite e fritam-se pequenas panquecas de cada vez (2 colheres de sopa de massa por panqueca).

Quando a panqueca estiver firme por baixo (após mais ou menos 2 minutos), volta-se a panqueca e deixa-se cozinhar durante 2 minutos.

Servir com hummus, rúcula e abacate regado com sumo de limão.


10:36

Scones de Bacon de Peru com Queijo Cheddar e Tomilho (sem farinha de trigo)

Scones de Bacon de Peru com Queijo Cheddar e Tomilho (sem farinha de trigo)
À noite, o prato de eleição é a sopa, mas faço sempre mais alguma coisa leve para acompanhar. Muitas vezes opto por fazer uns scones salgados, e, para dar um sabor extra, adiciono um pouco de bacon. Afinal de contas tudo fica melhor com bacon! Ultimamente tenho optado mais pelo bacon de peru da Primor Charcutaria, que tem significativamente menos gordura e todo o sabor que o bacon deve ter. Além disso, este bacon é perfeito para estes scones, já que ficariam demasiado gordurosos, visto que já levam queijo cheddar e manteiga.

Tenho optado por usar menos a farinha de trigo branca, e tenho-a substituído por outras farinhas. Uma das minhas farinhas preferidas é a de espelta integral, que faz bolos e todo o tipo de pastelaria, sem se dar pela falta do trigo. Se quiserem saber mais sobre esta farinha consultem o post que fiz "Muito Mais Do Que Trigo - Farinha de Espelta".

Estes scones são muito rápidos de fazer, e são igualmente deliciosos comidos quentes ou frios no dia seguinte. Difícil, difícil vai ser resistir-lhes!







Ingredientes:

240ml de leite
1 colher de sopa de vinagre de sidra
1 chávena de farinha de espelta
1 e 3/4 de chávena de farinha de espelta integral
1 colher de sopa de fermento para bolos
1 colher de sopa de açúcar amarelo
1 pitada de sal e pimenta
1/2 colher de chá de tomilho seco
75g de manteiga gelada
50g +10g de queijo Cheddar ralado
50g de fios de bacon de peru Primor Charcutaria
1 ovo grande
sementes de linhaça

(1 chávena = 250ml)



Preparação:

Pré-aquecer o forno a 200ºC. Forrar um tabuleiro grande com papel vegetal.

Colocar o leite numa tigela e misturar o vinagre de sidra. Repousar durante 10 min para coalhar.

Misturar as farinhas com o fermento para bolos, o açúcar amarelo, o sal, pimenta e tomilho numa tigela.

Adicionar a manteiga gelada, misturar, esfregando com as mãos a farinha na manteiga, até ficar com textura de areia grossa.

Juntar 50g de queijo e o bacon Primor.

Verter o leite coalhado e o ovo na tigela da farinha e manteiga. Misturar com uma colher de pau.

Polvilhar a bancada com farinha de espelta e verter a massa.

Formar uma bola e espalmar até a massa ter 2cm de altura.

Cortar círculos de massa com um cortador redondo.

Dispor os scones no tabuleiro e polvilhar com os restantes 10g de queijo e as sementes de linhaça.

Levar ao forno durante 20 a 25 minutos.

Deixar arrefecer numa rede durante 5 minutos e servir com manteiga.




06:40

Muffins Salgados de Algas

Muffins Salgados de Algas
Eu nunca fui de seguir modas de dietas, apenas como o que me apetece. Contudo, adoro experimentar alimentos novos e variar a minha alimentação. Há quem pense que só os vegetarianos comem algas, mas não. Todos nós podemos comer algas. Há que haver um equilíbrio.

Mas voltando às algas, são vários os benefícios de as consumir. Desde ajudar a baixar a tensão arterial, contêm nutrientes essenciais a mulheres que estão a amamentar, regulam o sistema digestivo, ajudam a prevenir diabetes, aumentam o nível de energia, têm protéinas, cálcio, vitaminas, fibras e mais um sem número de benefícios. 

Há umas mais baratas, outras mais caras, o essencial é encontrarem as que gostam mais. A partir daí é experimentar, conjugar com outros ingredientes e disfrutar.






Ingredientes (10 muffins):

2 copos de farinha de espelta integral
2 colheres de sopa de algas wakame desidratadas
1 e 1/2 colher de chá de fermento para bolos
2 raminhos de tomilho fresco
raspa de 1 limão
1 pitada de sal fino
pimenta preta acabada de moer
1/2 colher de chá de colorau fumado (ou do normal)
2 cebolas primavera
310ml de buttermilk (leitelho)
2 ovos médios
100ml de azeite
pevides descascadas

1 copo = 250ml

Preparação:

Pré-aquecer o forno a 180ºC. Forrar 10 formas de queques com formas de papel.

Colocar numa tigela a farinha de espelta, as algas secas picadas em pedaços pequenos, o fermento para bolos, as folhas de tomilho, sal, pimenta, o colorau, as cebolas primavera cortadas em rodelas pequenas e a raspa de limão.

Noutra tigela batem-se os ovos com o buttermilk e o azeite. Adiciona-se a mistura aos ingredientes secos e mexe-se até ficar tudo bem incorporado.

Divide-se a massa pelas formas forradas, polvilham-se com as pevides descascadas e levam-se ao forno durante 20 a 30 minutos, ou até estarem dourados e o palito sair seco quando se espeta no centro do muffin.

Comer mornos ou frios.



06:54

Pão de Forma de Batata

Pão de Forma de Batata
Este pão é um misto de pão de forma, com brioche. Faz umas sandes incríveis, quer elas sejam doces ou salgadas.

Quando se faz puré de batata, é frequente sobrar um bocadinho e acaba por ficar esquecido no fundo do frigorífico. Nunca mais! Agora podem fazer este pão. Ou melhor, estes pães, porque a receita rende dois pães de forma. Podem fazer com um resto de puré de batata, ou podem cozer a batata propositadamente para fazer esta receita. Também podem usar batata doce, que resulta também num pão super delicioso.







Ingredientes (rende 2 pães):

1 colher de sopa de fermento liofilizado para pão
2 colheres de sopa de açúcar
310ml de água tépida
170g de manteiga à temperatura ambiente
2 colheres de chá de sal
2 ovos médios
1 chávena de puré de batata (ou batata cozida, ou batata doce assada ou cozida)
3 chávenas de farinha de trigo sem fermento
2 e 1/2 chávenas de farinha de espelta integral

1 chávena = 250ml

Preparação:

Colocar todos os ingredientes na tigela de um robot de cozinha com o gancho de amassar pão.

Amassa-se até se obter uma massa macia e homogénea. Se ficar muito mole, adiciona-se mais um pouco de farinha. No caso de ficar dura, adiciona-se um pouco de água (1 colher de sopa de cada vez).

Coloca-se a massa numa tigela grande e funda, tapa-se com película aderente e deixa-se levedar durante 2 a 3 horas, ou até dobrar de volume. Em alternativa, pode ser colocada no frigorífico de um dia para o outro.

Untam-se duas formas rectangulares de bolo inglês com azeite.

Transfere-se a massa para uma superfície enfarinhada e divide-se em duas.

Com uma das metades, forma-se um rectângulo do comprimento da forma.

Enrola-se como se fosse uma torta, apertam-se as pontas para fechar e coloca-se o rolo na forma, com a costura para baixo.

Repete-se a operação com a segunda metade de massa.

Cobre-se com película aderente untada com azeite para não colar. Se a película colar à massa, esta vai afundar e o pão vai ficar pesado.

Deixa-se levedar durante 2 a 3 horas, ou até a massa dobrar de volume.

Pré-aquecer o forno a 200ºC.

Levam-se as formas ao forno durante 35 a 45 minutos, ou até ficar dourado por cima e fazer um som oco quando de bate no pão.

Retirar das formas e deixar arrefecer em cima de uma rede.

Este pão pode ser fatiado e congelado.




06:29

Bolas Integrais com Linhaça

Bolas Integrais com Linhaça
Janeiro não começou como eu queria. A miúda com gripe, depois eu, e quando as gripes já estavam de malas aviadas, eis que os meus vizinhos começam a fazer obras, cujo barulho me deixa doida e sem capacidade de concentração para me sentar ao computador e escrever. E assim chegamos ao fim de Janeiro, o blog esteve parado, a cozinha esteve em serviços mínimos e parece que a gripe está de volta ao ataque, desta vez com uma vítima diferente. Espero estar enganada....

Mas adiante, o mês ainda não acabou e não se deixou de comer cá por casa, por isso há receitas novas e deliciosas! É o caso destas bolinhas integrais com linhaça. Muito saudáveis, cheias de fibra, fofinhas, deliciosas e que se fazem em relativamente pouco tempo. São ideais para os lanches dos miúdos e para os nossos também.





Ingredientes:
(faz 18 a 20 bolas)

2 chávenas de farinha sem fermento
2 chávenas de farinha de espelta integral
2 e meia colheres de chá de fermento para pão liofilizado
2 colheres de chá de sal (ou a gosto)
1 colher de sopa de azeite
2 colheres de sopa de linhaça inteira
375ml de água morna

1 chávena = 250ml



Preparação:

Colocar 1 chávena de farinha sem fermento, 1 chávena de farinha de espelta integral, a água e a levedura na tigela da batedeira.

Amassa-se e deixa-se repousar durante 15 minutos, com um pano a tapar a tigela.

Ao fim desse tempo juntam-se os restantes ingredientes e amassa-se tudo, até a farinha estar completamente incorporada.

Transfere-se a massa para uma bancada levemente polvilhada com farinha e amassa-se até que esta se descole das mãos.

Caso a massa esteja demasiado dura, deve-se borrifar com água as vezes que forem precisas e amassar até que se obtenha a massa macia e elástica que não se cole às mãos.

No caso da massa estar demasiado mole e se cole às mãos, polvilha-se com farinha as vezes necessárias e amassa-se até se obter uma massa macia e que não se cole às mãos nem à bancada.

Coloca-se a massa numa tigela larga e tapa-se com película aderente. Cobre-se com um cobertor e, no caso de ser um dia muito frio, enche-se um saco de água quente, com água quente da torneira e põe-se debaixo da tigela.

Deixa-se levedar durante 1 hora ou até que que esta duplique de volume.

Aquecer o forno a 200ºC.

Divide-se a massa em 18 ou 20 bolinhas e coloca-se num tabuleiro quadrado, polvilhado com farinha.

Tapa-se com um pano de deixa-se repousar durante 30 minutos.

Leva-se ao forno durante 15 minutos, ou até o pão fazer um som oco quando se bate nele.

Transferir para uma rede para arrefecer. Separar as bolinhas e guardar num saco hermético.
Podem-se congelar.






06:21

Pão de Espelta com Sementes de Girassol

Pão de Espelta com Sementes de Girassol
Passou uma semana e eu mal comprei pão cá para casa. Optei por fazer pães diferentes, com farinhas diferentes e valeu bem a pena. Não sentimos falta do pão de compra e não sobrou nada para contar a história. Sem aditivos, com farinhas integrais, o pão caseiro é muito melhor para a nossa saúde.

Este pão, apesar de levar uma parte de farinha de trigo, leva farinha de espelta integral, fica muito fofinho e é excelente para fazer sandes, principalmente de carne assada.

Se não conhecem a farinha de espelta ou querem saber mais, consultem a edição da rubrica "Muito Mais Do Que Trigo" sobre esta farinha.





Ingredientes (faz 1 pão grande):

7g de fermento liofilizado para pão
330ml de água morna
200g de farinha de espelta integral
50g de sementes de girassol
1 colher de sopa de azeite
2 colheres de chá rasas de mel
1 pitada de sal
300g de farinha de trigo sem fermento

Preparação:

Coloca-se a água com o fermento na tigela da batedeira.

Adiciona-se a farinha de espelta, as sementes de girassol, o azeite e o mel. Bate-se até ficar tudo misturado.

Junta-se o sal e a farinha de trigo e amassa-se até a massa se soltar dos lados da tigela.

Faz-se uma bola, tapa-se com película aderente, cobre-se com um cobertor e deixa-se a levedar em local sem correntes de ar e quente, durante 1 hora, ou até dobrar de volume.

Transfere-se a massa para uma bancada ligeiramente enfarinhada, faz-se uma bola ou cilindro.

Coloca-se num tabuleiro forrado com papel vegetal e polvilhado com farinha.

Polvilhar o pão com um pouco de farinha e tapar com um pano.

Deixar levedar durante 45 minutos.

Entretanto aquece-se o forno a 220ºC.

Leva-se o pão ao forno durante 30 a 40 minutos, ou até se bater no pão e fazer um som oco.

Retirar do forno e partir à mão um bocado para comer com manteiga. 

Deixar o resto arrefecer em cima de uma rede.





21:23

Muito Mais Do Que Trigo - Farinha de Centeio, uma base de tarte e uma explosão de chocolate

Muito Mais Do Que Trigo - Farinha de Centeio, uma base de tarte e uma explosão de chocolate
Todos nós já comemos centeio no pão. E noutras comidas? Desde o salgado ao doce, esta farinha é muito versátil e resulta em cozinhados extremamente saborosos. Mas eu sei que nem todos gostam desta farinha. O seu sabor forte não agrada a todos, mas já experimentaram combinar farinha de centeio com chocolate? As bolachas feitas com esta farinha e chocolate ficam magníficas, pois realça o sabor do chocolate, o que as torna extremamente gulosas! (receita mais à frente!)



O que é o centeio?

O centeio é um cereal em grão, também conhecido por Secale cereale. Parece-se com o trigo, embora o grão seja mais comprido e esgui. A cor deste cereal varia entre o castanho amarelado e o verde acizentado.

O centeio era um cereal desconhecido na maioria da Europa, mas com a expansão do império Romano, aumentou o seu consumo. Contudo, com o passar dos séculos, o centeio tornou-se um cereal importante na alimentação dos europeus, pois a sua planta é resistente ao frio e consegue crescer em solos pobres.

Para os Saxões e os Vikings o centeio era um cereal muito popular. Hoje em dia a Rússia e a Polónia são os principais produtores de centeio. Apesar disso o centeio começou a ser plantado em grandes quantidades e de forma sustentável e biológica na Finlãndia, Lituania e nos Estados Unidos. Também a Alemanha e a Dinamarca são grandes consumidores deste cereal e os seus pães de centeio são bem conhecidos pela qualidade que apresentam.

Ter em atenção que o centeio tem glúten, embora tenha em menor quantidade que o trigo.


Quais os benefícios do centeio?

O centeio é um cereal muito rico em nutrientes essenciais. Contém altos níveis de proteína e fibra. Contém também um nível elevado de ferro, cálcio, zinco e vitaminas do complexo B. Para além de tudo isto é também rica em vitamina E e é uma fonte de prebióticos o que o torna uma arma importantíssima na prevenção de doenças como o cancro, a diabetes tipo 2 e doenças cardíacas.

Este cereal contém fibras solúveis que diminuem a libertação dos hidratos de carbono, por isso sentimo-nos saciados por mais tempo. Um dos benefícios de consumir centeio é o facto de depois de passar pelo intestino, produz lípidos de cadeia curtaque ajudam a fortalecer o sistema imunitário, a diminuir o colesterol e a estabilizar os níveis de açúcar no sangue.

Volto a reforçar que o centeio contém glúten, quem é sensível ao glúten deve evitar esta farinha.


Formas de usar a farinha de centeio.

O uso mais conhecido desta farinha é o fabrico de pão. Com um sabor mais forte, geralmente mais pesados do que os confeccionados com farinha de trigo, e com uma cor escura. Mas também pode ser usada em panquecas, muffins, scones, bolachas (doces ou salgadas) e bases de tartes.


Como usar a farinha de centeio?

A farinha de centeio contém glúten suficiente para se confeccionar pão sem o uso de outras farinhas, contudo resulta num pão pesado, denso, e com um sabor muito forte. Geralmente mistura-se com farinha de trigo para que fique mais leve. Eu pessoalmente misturo-a frequentemente com farinha de espelta. Podem fazer uma mistura 50/50, isto é, metade de centeio, a outra metade espelta ou trigo, tanto os pães, como os bolos ficam mais leves (principalmente se for usado trigo), o sabor fica mais suave e o pão não fica tão escuro.






BASE DE TARTE COM CENTEIO

Ingredientes:

1 copo de farinha de centeio
1 copo de farinha de espelta
1 pitada de sal fino
75g de manteiga gelada
1 gema de ovo
1 colher de café de vinagre
6 colheres de sopa de água gelada

1 copo = 250ml

Preparação:

Numa tigela larga misturam-se as farinhas com o sal.

Junta-se a manteiga gelada cortada em pedaços pequenos e trabalha-se com a ponta dos dedos até se obter uma areia.

Numa tigela pequena mistura-se a gema com o vinagre e 4 colheres de sopa de água gelada. Adiciona-se esta mistura à farinha com manteiga e amassa-se rapidamente. Juntam-se as duas restantes colheres de sopa caso seja necessário. A quantidade de água vai depender da farinha e da temperatura do ar, por isso aconselho que seja adicionada a pouco e pouco.

Amassa-se rapidamente até ficar homogénea, forma-se uma bola, cobre-se com película aderente e deixa-se repousar no frigorífico durante 30 minutos.

Aquece-se o forno a 180ºC.

Unta-se levemente a forma com manteiga e forra-se com papel vegetal (a manteiga ajuda o papel a ficar na posição certa).

Estende-se a massa numa bancada limpa e forra-se a tarteira. Pica-se o fundo com um garfo, cobre-se com papel vegetal e enche-se com feijões ou esferas de cerâmica.

Leva-se ao forno durante 15 minutos. Ao fim desse tempo retira-se o feijão e o papel vegetal que cobre a base e deixa-se assar durante mais 5 a 10 minutos, ou até ficar dourada e o fundo cozido.

Retira-se do forno e agora é rechear ao vosso gosto!

NOTA: Esta massa congela muito bem, por isso podem-na fazer e congelar antes de levar ao forno. Para isso basta amassar e fazer um disco, cobrir com película aderente e colocar dentro de um saco de congelação.






BOLACHAS DE CENTEIO E CHOCOLATE

Ingredientes (faz 40 bolachas):

200g de chocolate negro (mínimo 70% cacau)
100g de manteiga
100g de açúcar
150g de açúcar amarelo
2 ovos médios
130g de farinha de centeio
50g de cacau (sem açúcar)
1 colher de chá de bicarbonato de sódio
1 pitada de sal fino
açúcar em pó

Preparação:

Derreter o chocolate com a manteiga em banho Maria. Retirar do calor e deixar arrefecer ligeiramente.

Misturar os açúcares e batem-se bem com os ovos com uma batedeira até se obter uma mistura fofa e clara (mais ou menos 3 minutos).

Junta-se o chocolate derretido e envolver bem.

Numa tigela pequena mistura-se a farinha de centeio com o cacau, o bicarbonato de sódio e o sal.

Junta-se a mistura de farinha e cacau ao creme de chocolate e envolve-se bem até deixar de haver farinha por misturar.

Tapa-se com película aderente e deixa-se repousar no frigorífico. (Este passo é essencial, pois de assarem as bolachas de imediato, estas ficam todas espalhadas no tabuleiro e não dá para comer)
Deve repousar no mínimo 2 horas.

Aquecer o forno a 180ºC e forrar dois tabuleiros grandes com papel vegetal.

Fazer bolinhas do tamanho de uma noz e passar pelo açúcar em pó. Colocar nos tabuleiros e assar durante 12 minutos se quiserem mais parecidas com um brownie, ou durante 20 minutos se as querem mais estaladiças (é como nós preferimos).

Deixar arrefecer e transferir para um recipiente hermético.



19:51

Biscoitos de Aguardente (sem farinha e sem açúcar refinado)

Biscoitos de Aguardente (sem farinha e sem açúcar refinado)
Se para o meu pai faço ferraduras, para a minha mãe faço estes biscoitos. Vi a receita no blog "Temperos da Iza" (que se não conhecem deviam passar por lá e dar uma espreitadela pela receitas deliciosas) e não resisti a fazê-los.  Como a minha mãe não pode consumir demasiado açúcar alterei esta receita para que fosse mais apropriado para ela. Não ficam demasiado doces, são crocantes por fora e macios por dentro.

Agora vamos falar sobre o açúcar de coco. Não o considero um milagre, mas que é mais saudável do que o açúcar refinado, isso é.

O açúcar refinado está desprovido de nutrientes, por isso a única coisa boa nele é o facto de ser maravilhosamente doce e fazer sobremesas fantásticas. Mas bem sabemos o que o excesso de açúcar refinado faz ao nosso organismo, por isso sempre que é possível, eu tento aligeirar as coisas usando outra forma de adoçar as sobremesas e bolos.

Ao contrário do açúcar refinado, o açúcar de coco tem um índice glicémico mais baixo e contém nutrientes como o ferro, zinco, cálcio, potássio, antioxidantes e inulina. Esta última será a responsável pelo baixo índice glicémico deste açúcar. Mas tenham em atenção que o consumo em excesso deste açúcar é prejudicial, tal como o consumo do açúcar refinado.

Então, mas é bom ou não? Não vos quero baralhar, a sério que não, mas quero que percebam que, ao contrário do que os media dizem, o açúcar de coco não é milagroso. É menos processado do que o açúcar refinado, mais natural e contém alguns ingredientes, mas não esquecer que é composto por glucose e frutose. É um açúcar, com todos os prós e contras que acarreta o seu consumo.

O meu conselho é que o consumam alternadamente com outras formas de adoçar os bolos e sobremesas. Eu uso açúcar refinado (muito, mas muito menos do que antes usava!), mel, xarope de ácer, açúcar de coco, mas os meus adoçantes preferidos é uma banana bem madura ou maçã cozida. Estes dois últimos acabam por ser bem mais saudáveis, e a verdade é que não precisamos de comer alimentos tão doces a toda a hora.

Voltando ao açúcar de coco eu uso-o na relação de 1:1, isto é, se a receita precisa de 100g de açúcar refinado, eu uso 100g de açúcar de coco, embora o resultado final não seja tão doce, o que para mim não é problema. Ter em atenção que ao usar este açúcar os bolos e sobremesas ficam mais escuros.








BISCOITOS DE AGUARDENTE
(SEM FARINHA DE TRIGO E SEM AÇÚCAR REFINADO)

Ingredientes:

600g de farinha de espelta
125ml de azeite morno
200g de açúcar de coco
4 ovos médios + 1 ovo pequeno para pincelar
1 colher de sopa de fermento em pó
2 colheres de sopa de aguardente


Preparação:

Pré-aquecer o forno a 200ºC e forrar dois tabuleiros grandes com papel vegetal.

Coloca-se na tigela da batedeira os ovos e o açúcar de coco e bate-se durante 2 minutos até se obter uma mistura cremosa e fofa.

Junta-se o azeite morno, bate-se um pouco e adiciona-se a aguardente.

De seguida mistura-se a farinha com o fermento e adiciona-se metade ao creme de ovo, envolvendo-se bem.

Junta-se o resto da farinha e volta-se a bater, até estar toda incorporada.

Com as mãos enfarinhadas moldam-se biscoitos (eu fiz ss e roscas), colocam-se nos tabuleiros, pincelam-se com o ovo batido e levam-se ao forno durante 15 minutos, ou até ficarem douradinhos.

Transferem-se para uma rede e deixam-se arrefecer por completo antes de arrumar num recipiente hermético.


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